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Ano Novo ao redor do mundo


O Ano Novo é comemorado em 1º de janeiro e as pessoas brindam à sua chegada com bebidas espumantes, enquanto trocam votos de paz, saúde e prosperidade, certo?

Certíssimo... Se estivermos falando do Brasil e alguns outros países.

Na China, por exemplo, é tudo bem diferente.

Para começo de conversa, o Ano Novo chinês é conhecido como o Festival da Primavera. Sua chegada é determinada pelas fases da Lua e, a cada ciclo, “homenageia” um dos 12 animais do Zodíaco Chinês. Então, na China, o Ano Novo só vai acontecer no dia 5 de fevereiro de 2019, quando terminará o “Ano do Cão” e terá início o “Ano do Javali” (ou “Ano do Porco”, em algumas traduções).

No Japão, o calendário seguido é o mesmo nosso, mas as comemorações duram quase um mês. Durante o período de festividades, suas casas ficam enfeitadas com arranjos feitos com galhos de bambu, ameixa e abeto, que simbolizam abundância, prosperidade e amor. No dia 31 de dezembro, os japoneses visitam os templos e pedem aos deuses que não lhes deixem faltar felicidade e saúde; também presenteiam-se com bolinhos de arroz nas cores branco e rosa, cores associadas à boa sorte.

Nos países islâmicos, onde os anos são calculados a partir da Hégira (o momento em que o profeta Maomé levou os muçulmanos de Meca para Medina), o ano começa no primeiro dia do mês de Muharram. A data pode ter uma variação de até 11 dias de um ano para outro.

Já em Israel, o Ano Novo judaico – Rosh Hashana – chega com o outono, em datas que podem cair em setembro ou em outubro. É tradição comer maçãs com mel, para que o próximo ano seja doce. Além disso, durante a liturgia, é costume tocar o “shofar”, uma espécie de “berrante” que simboliza a chamada ao juízo divino e ao arrependimento.

Na Tailândia, o Ano Novo chama-se “Songkran” e é celebrado em 13 de abril. Ele segue o antigo calendário astrológico indiano e marca o início do período das chuvas. Nessa data, os tailandeses lavam as estátuas de Buda com água aromatizada com rosa e jasmim, oferecem pratos festivos aos monges e, nas ruas, molham-se uns aos outros, além de fazerem uma espécie de “chuva” com talco e argila branca: tudo para purificar as energias e começar a nova fase com o pé direito.

A Birmânia segue o mesmo calendário da Tailândia. Lá, a festa se chama Thingyan e também tem “molhadeira” entre os convivas. Além disso, a ordem é fazer muito barulho, com cantorias, fogos e instrumentos musicais. Tudo para chamar a atenção dos deuses da chuva.

E nenhum país do mundo tem tantas festas de Ano Novo quanto a Índia. É que, em cada Estado, a população comemora “seu ano”, conforme as preferências e divindades locais. Mas o “principal” Ano Novo é em março, quando ocorre a “Goody Padva”. Nesse dia, os indianos limpam a casa, queimam os objetos que não têm mais serventia e fazem comidas gostosas, das quais uma parte é oferecida aos Deuses.

Na Etiópia, o Ano Novo chama-se Enkutatash e é celebrado no dia 11 de setembro, quando a estação chuvosa termina. Na capital, Adis Abeba, é feita uma grande fogueira com eucaliptos e abetos na praça principal, e os habitantes se reúnem para observar de qual lado cairá o topo da fogueira principal. O lado em que as brasas caírem indica a região do país que fará as melhores colheitas durante o ano que se inicia.

Na Escócia e na Irlanda, mantém-se viva, em algumas regiões, a tradição do Samhain, um antigo festival celta realizado para celebrar o fim da colheita e o início do Ano Novo. Quando o cristianismo foi adotado, o Samhain tornou-se o Dia de Todos os Santos, e a noite anterior, o Dia das Bruxas. A tradição de acender velas e fogueiras para purificar o ano vindouro foi mantida.


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